A Família e as Relações Vinculares – Parte 3

Efésios 6:4


Introdução:
Há duas reuniões estamos refletindo acerca do ser humano, do que lhe é específico e das relações que se estabelecem, consciente ou inconscientemente, entre pessoas que vivem numa família. Nosso olhar estar no comportamento dos pais que vão gerar vínculos na vida dos(as) filhos(as) e que, se eles forem deficitários vão gerar bloqueios impeditivos ao crescimento e desenvolvimento dos membros da família, mas, se forem vínculos saudáveis, vai gerar cidadãos(ãs) que farão a diferença por onde passarem. Colocamos dois importantes pontos a serem observados quando as criação de relações vinculares:

a) Os vínculos gerados dentro da família, principalmente com os pais, vai internalizar nos filhos fatores que vão influenciar a formação da personalidade da criança e suas ações futuras e;

b) A construção dos vínculos familiares e autonomia progressiva são de suma importância aos filhos. Se observado estes princípios básico na construção dos vínculos nos filhos, os pais não estarão provando a ira neles e, ainda, terão condições favoráveis para que eles possam criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor (Ef 6:4).

I - CRIA-OS NA DISCIPLINA (Ef 6:4).

Esse termo se trata da “ordem que convém ao funcionamento regular duma organização; trata-se de relações de subordinação, observância de preceitos ou normas”. Aonde não existe ordem, predomina a anarquia (falta de comando, confusão, desmoralização, desrespeito). Como sacerdotes do lar, os pais devem estar atentos para que a vida familiar seja conduzida dentro de funcionamento regular, onde a subordinação dos filhos aos pais seja espontânea, tendo em vista a observação dos preceitos bíblicos no seio familiar. Um fator impeditivo para que a ordem possa ser estabelecida é o de que, muitos pais, têm boa relação com os amigos, com os colegas de trabalhos e com a comunidade na qual frequenta com a família; são prestativos, atenciosos e prontos a ouvir e ajudar em qualquer momento. Mas, quanto se volta para a família as palavras são ásperas, as atitudes são bruscas, a espontaneidade desaparece, a amistosidade inexiste, e o ato de ajudar a família é cada um por si e Deus por todos!

O Apóstolo Paulo bem instrui os irmãos na carta aos Gálatas dizendo que “enquanto tivermos oportunidade, devemos fazer o bem a todos”; no entanto, ressalta que “esse bem que se deve fazer”, “principalmente” deve ser feito “aos da própria família” (Gl 6:10). O mesmo Apóstolo, na instrução enviada ao jovem pastor Timóteo, disse que: “Se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Tm 5:8).

II - CRIAI-OS NA ADMOESTAÇÃO DO SENHOR (Ef 6:4).

Literalmente o termo admoestação significa: “o ato de pôr em mente”. Tem o sentido de corrigir as coisas que estão erradas através da advertência e não da truculência. O que Paulo trás a memória é o que foi registrado por Moisés no livro de Deuteronômio 6:6-9 e reforçou nos capítulos 11:18-21. É algo prático, vivenciado e que contagia quem observa e quer seguir os mesmos passos. Se for ensinado à criança no caminho em que deve andar, ainda quando ela for velha, ela não se esquecerá dele (Pv 22:6).

Uma observação a ser feita é que, admoestar não é o mesmo que reclamar. A admoestação se relaciona com a advertência tendo como base a instrução. Enquanto que reclamar está mais voltado para um sentimento de protesto .

CONCLUSÃO:
Fica a colocação de Maria Sol, uma criança de apenas 9 anos de idade: “Minha professora nos diz gritando que não gritemos. Eu, há um ano ou dois não gritava tanto como agora, mas como as professoras gritam conosco, e nós atendemos afinal, nos acostumamos a que gritando se consegue a ordem e as coisas, como por exemplo, que te preste atenção tua irmã ou outra pessoa, sem ter que explicar-lhe nada”. Sem Dúvida, a palavra convence, mas o exemplo arrasta!

| Autor: Pr. José C. Silva | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |