O Reino dos Desocupados
Introdução: No céu não há lugar para os ociosos. Ninguém, porém, adentrará lá por ser trabalhador, mas por crer em Cristo Jesus e ser fiel a Deus. Aqui na vida terrestre temos a oportunidade de fazer do trabalho momentos prazerosos de atividades. Caso contrário, faremos parte dos súditos famintos e vadios.
1 – HÁ FOFOQUEIROS ‘PÓS-GRADUADOS’.
Quão lamentável é vermos pessoas preparadas e dotadas de talentos, conversando sobre futilidades dia após dia. Desinteressadas em agir em algo valioso. Desperdiçando a vida. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sl 1.1.
2 – HÁ SERVIÇOS NÃO ATENDIDOS.
Obras não terminadas enfeiam as cidades: hospitais, igrejas, escolas. Mão de obra parada. Executivos míopes, patrões exploradores. Serviços por fazer, mas não há ação. “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.” Ec 9.10.
3 – HÁ FOME E SEDE.
Boa parte da fome mundial existe por culpa dos governantes gananciosos e sem percepção do valor do ser humano. Noutras situações, as pessoas ficam como pedintes e sem moradia. Vejam a diferença na sabedoria do homem preventivo: “E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim, será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.” Gn 41.35-36.
4 – HÁ PROJETOS ENGAVETADOS.
As soluções estarão sempre postergadas, atrasadas. Promessas não ‘enchem barriga’. Planejar e não agir é como planejar, agir e não perseverar. “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Lc 14.28-30.
5 – HÁ IGNORÂNCIA DAS LEIS.
A nação é o que seu povo lê. O desenvolvimento advém das mentes ativas e criativas. O cidadão deve conhecer seus direitos e deveres. Sua recompensa e sua penalidade. As leis de Deus e dos homens. “E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” Lc 12.47-48.
6 – HÁ DESORDEM.
Basta olhar em volta e eis bagunça organizada e desorganizada. Eis vadios. Parece que até a mídia estimula a frouxidão, a devassidão. Ninguém quer respeitar a lei. Qualquer atitude mais firme das autoridades é questionada como abuso. “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” Rm 13.1.
7 – O VÍCIO É DISSEMINADO.
Há uma piada que diz: Onde vires quatro homens conversando e um trabalhando é o Brasil! Pode não ser verdade, mas daí surgem os vícios, o tráfico, a prostituição, a malandragem. O ócio é o pai dos vícios; a preguiça, a avó. “Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; e eis que toda estava cheia de cardos, e a sua superfície, coberta de urtigas, e a sua parede de pedra estava derribada.” Pv 24.30-31.
8 – NÃO EXISTEM HABILITADOS EMINENTES.
Não desejemos ser ‘heróis’ só no campo de futebol ou natação, mas em áreas científicas, empresariais, instituições multinacionais, medicina e política austera. “E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino.” Dn 1.19-20.
9 – NÃO HÁ EXEMPLO PARA FUTUROS CAMPEÕES.
Como é que desocupados, frustrados serão referenciais às gerações novas? Onde sonhadores buscarão inspiração? A família precisa estar em primeiro lugar; em segundo, os estudos e, em terceiro, a educação com prestação de serviços. “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.” Sl 128.1-3.
10 – A ESPERANÇA É DESCONHECIDA.
O amanhã será sempre incerto aos desocupados. Eles não têm onde ‘escorar’. Quando a esperança não se apresenta forte, o pessimismo ocupa espaço. O suicídio é a desesperança de pessoas talentosas, mas sem espaço, sem oportunidades. O líder deverá ter propostas auspiciosas. “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” I Co 14.8.
11 – O ESGOTO CORRE SOLTO.
O gerenciamento está desordenado, frágil. Obras preventivas demoram tanto que vidas preciosas são levadas pela doença, enxurrada e violência. O esgoto da irresponsabilidade, da improbidade dão as cartas em muitas situações. Lideranças eclesiásticas, públicas e outras devem rever seus conceitos e objetivos a favor das pessoas. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado.” Pv 27.23.
12 – O REI ESTÁ NA ORGIA.
Pesa sobre o líder, o comandante, o governante as ações benfazejas de seus contemporâneos, seus ‘cidadãos’. Eles, porém, em sua grande maioria estão alheios aos deveres. Estão embriagados com suas importâncias e imponências. “Ai de ti, ó terra, cujo rei é criança e cujos príncipes comem de manhã.” Ec 10.16.
Conclusão:
As temáticas acima revelam a situação dos povos, da sociedade e das famílias. Claro que existem milhares de exceções, felizmente. Pais de família, governantes têm o dever de ocupar a mão de obra de seu povo. Caso contrário, o caos da fome, da miséria e da violência se instalará de vez. Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” Jo 5.17.