O Desafio do Corpo de Cristo

João 17.1-26


Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; afim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. João 17.20-21

INTRODUÇÃO
A Igreja jamais crescerá integralmente se não existir unidade entre os membros do Corpo. A divisão de forças promoverá o enfraquecimento de todo o grupo. E o contínuo esforço para a convivência harmoniosa com Deus e com o próximo que promove o aperfeiçoamento das práticas cristãs e a participação nos privilégios da comunhão.

Em João 17, Jesus roga ao Pai em favor da unidade do povo de Deus. Riqueza, posição social, nacionalidade e outros interesses são esquecidos em favor do que realmente importa. Portanto, Ele quer que vivamos no amor e na unidade de Seu Espírito.

Quando o cristão participa da Ceia do Senhor, onde corpo e o sangue de Jesus são representados pelo suco de uva e pelo pão, ele está em comunhão com o Filho de Deus. (Jo. 6:53-56). Mas o crente que desenvolve diariamente seu relacionamento com Deus através do processo de santificação será bem-aventurado. Em Jesus há cura para o corpo, alegria para a alma e fortalecimento para o espírito.

EM BUSCA DA UNIDADE DA IGREJA

a) Falta de unidade impede o crescimento, 1 Co. 3:1. Muitos cristãos têm permitido que a inveja, a falta de perdão e o orgulho entrem em suas vidas. Os relacionamentos quebrados no meio da Igreja servem de barreira ao Espírito de Deus e machucam o Corpo de Cristo. Por causa disto, tais pessoas não crescem espiritualmente e não conseguem permanecer firmes na fé, 1 Co 1: 13.

Somos partes de um mesmo corpo, a família de Deus, 1 Co 12: 12-14. Quando nos reunimos, como líderes ou membros da igreja, percebemos que cada um tem dons e temperamentos diferentes, cada um tem seu próprio estilo mas, unidos em Cristo, podemos causar um impacto poderoso neste mundo incrédulo, 1 Co 12: 18.

b) A unidade do Corpo ajuda a atingir a maturidade espiritual, Jo 17: 23a. O verbo aperfeiçoar significa “levar a ser completo, consumar, terminar, preencher”. Jesus nos ensina que nunca seremos maduros e fortes o bastante até o instante em que formos unidos, porque é na unidade que somos aperfeiçoados. Jamais atingiremos sozinhos o alvo da perfeição, Ef 4: 13.

c) Derrotas trazidas pela falta de unidade. Por causa da falta de unidade, alguns soldados estão fracos e incapazes de erguer o escudo da fé, Ef 6: 16. Satanás os tem atingido com dardos inflamados: imoralidade, orgulho, depressão, dúvida e outros; com isto, muitos abandonam o Evangelho e, cedendo às tentações deste mundo, impedem o progresso da obra de Deus, G1 5: 19-21. Conseqüentemente, não haverá maturidade espiritual nem evangelismo efetivo nem orações fervorosas.

d) A unidade e a proclamação da Palavra, Jo 17: 22-23. Se não somos unidos, o mundo jamais crerá em Cristo. As divisões são o maior problema que a Igreja enfrenta na hora de fazer evangelismo e missões. Os muçulmanos dizem: “O que os cristãos têm de diferente para nos oferecer? Um livro? Um profeta? Um Deus? Nós também temos um livro, um profeta e um deus.” Então, a diferença terá de ser vista através da nossa unidade, pois isto é o que fala alto a este mundo desunido.

PROMESSAS DE DEUS ÀQUELES QUE VIVEM EM UNIDADE

Em Mateus 18, Jesus menciona duas leis, entre outras, para mantermos o relacionamento correto uns com os outros: a lei da reconciliação, w. 15-17, e a lei do perdão perpétuo, w. 21-22, e, entre essas duas leis, nos dá três promessas, w. 18-20.

Ele interrompe o que estava dizendo para falar dessas promessas. Na leitura, se pularmos do verso 17 para o verso 21, parece haver continuação do assunto. Todavia, Jesus introduz as duas leis para mostrar que Suas promessas são condicionais e que a condição, neste texto, é ter um relacionamento correto uns com os outros. Vejamos estas promessas:

a) Autoridade para o Corpo, Mt. 18: 18; 28: 18-19. Jesus deu à Igreja autoridade para ir e fazer a Sua obra, para amarrar o inimigo e libertar cativos. Satanás, porém, sabendo que temos esta autoridade, tenta nos dividir e destruir. Ele sabe que, se conseguir entrar na Igreja ou no lar através de relacionamentos quebrados, brigas e amarguras, então não haverá poder entre o povo de Deus. Infelizmente, ele tem feito com que muitos cristãos se dividam em questões sem muita importância, deixando de lado aquelas que são essenciais e, com isso, a autoridade deles tem sido enfraquecida.

b) Resposta às orações coletivas, Mt 18: 19. A palavra concordar significa “ter harmonia, soar bem juntos”. E como uma orquestra, onde diversos instrumentos emitem sons diferentes, mas quando tocados juntos produzem uma melodia maravilhosa, um som harmonioso. O Senhor diz que, quando nos reunimos e concordamos, podemos pedir e será feito. A oração é uma das armas mais eficazes do crente, no entanto, tem sido pouco usada hoje, Jo 15: 7.

c) Presença de Deus, Mt 18: 20. Quando qualquer pessoa não crente entrar em nossa igreja, perceberá a união e a harmonia entre todos, sentirá o impacto da presença do Deus vivo e decidirá fazer parte do Corpo de Cristo também.

Um dos grandes desafios que os cristãos enfrentam é o de construir relacionamentos sadios no Corpo de Cristo. Precisamos aprender a vencer barreiras pessoais. Fala-se muito sobre unidade, mas ela é pouco vivida. Só cresceremos integralmente se criarmos vínculos fraternos.

| Autor: Pastor Josias Moura | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |