Naum - O Limite da Tolerância Divina
Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita. O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos. O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha. Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam. Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas. (Na 1.1-6)
Diferente daquilo que alguns ensinam, no versículo terceiro, geralmente utilizado como palavra de conforto e consolo, Deus não tem “um” caminho na tormenta, mas tem “o” seu caminho na tormenta. O comentário de Baker (Naum: Introdução e Comentário, Vida Nova, 2001, p. 305) é bastante pertinente:
O poder de Deus na ordem criada é visto na íntima associação que ele tem com algumas manifestações poderosas da criação, como o “turbilhão” (IBB) e a tempestade (cf. Sl 83.15; Is 29.6), em que ele percorre seu caminho levantando nuvens com os pés, tal como os israelitas levantavam pó em suas viagens. Seu poder também é visto em sua capacidade de reverter a criação, secando o mar e os rios (cf. Is 42.15; 50.2; Jr 51.36; Ap 21.1) e fazendo murchar (Is 16.8; 24.4; 33.9; Jl 1.10, 12) regiões de produtividade proverbial (Basã, na Transjordânia; Carmelo, no norte de Israel e Líbano; cf. Is 33.9). Os fundamentos da própria terra reagem com terremoto (Sl 46.3; Jr 4.24) e derretimento (Sl 46.6; Am 9.5; cf. Am 9.13 quanto ao uso do verbo “derreter” com sentido positivo) diante da presença poderosa de Deus.
Dessa forma, o texto não fala do conforto e do consolo de Deus para o seu povo, mas de sua ira e de seu furor contra os seus inimigos (1.8). Um texto fora do contexto é sempre um pretexto. Uma má leitura e interpretação comprometerão a exposição bíblica.
O senhor é tardio em irar-se (hb. ’arekh, de ânimo longo, longânimo, de temperamento brando, paciente), mas sua tolerância tem limites (v. 3).
A graça, a bondade, o perdão, o amor e a longanimidade de Deus não devem ser abusados. Deus é Deus de oportunidades, mas a próxima (ou a que passou) poderá ser a última.
Quando se abusa da tolerância divina é possível ser entregue às próprias concupiscências, ser abandonado pelo Senhor, ser entregue a um sentimento perverso:
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. (Rm 1.16-32)
O livro do profeta Naum nos serve de alerta quanto aos perigos de se “brincar” com Deus, de não levá-lo a sério.
Diferente daquilo que alguns ensinam, no versículo terceiro, geralmente utilizado como palavra de conforto e consolo, Deus não tem “um” caminho na tormenta, mas tem “o” seu caminho na tormenta. O comentário de Baker (Naum: Introdução e Comentário, Vida Nova, 2001, p. 305) é bastante pertinente:
O poder de Deus na ordem criada é visto na íntima associação que ele tem com algumas manifestações poderosas da criação, como o “turbilhão” (IBB) e a tempestade (cf. Sl 83.15; Is 29.6), em que ele percorre seu caminho levantando nuvens com os pés, tal como os israelitas levantavam pó em suas viagens. Seu poder também é visto em sua capacidade de reverter a criação, secando o mar e os rios (cf. Is 42.15; 50.2; Jr 51.36; Ap 21.1) e fazendo murchar (Is 16.8; 24.4; 33.9; Jl 1.10, 12) regiões de produtividade proverbial (Basã, na Transjordânia; Carmelo, no norte de Israel e Líbano; cf. Is 33.9). Os fundamentos da própria terra reagem com terremoto (Sl 46.3; Jr 4.24) e derretimento (Sl 46.6; Am 9.5; cf. Am 9.13 quanto ao uso do verbo “derreter” com sentido positivo) diante da presença poderosa de Deus.
Dessa forma, o texto não fala do conforto e do consolo de Deus para o seu povo, mas de sua ira e de seu furor contra os seus inimigos (1.8). Um texto fora do contexto é sempre um pretexto. Uma má leitura e interpretação comprometerão a exposição bíblica.
O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA
Nínive teve a sua oportunidade dada por Deus, onde num momento aproveitou (Jn 3-4), para depois voltar a pecar e tornar-se objeto da vingança divina (v. 2). Os termos hebraicos traduzido por “tomar vingança” e “vingança” são hemah, que significa ira, furor, calor, cólera, indignação, e naqam, que significa a tomada de vingança.O senhor é tardio em irar-se (hb. ’arekh, de ânimo longo, longânimo, de temperamento brando, paciente), mas sua tolerância tem limites (v. 3).
A graça, a bondade, o perdão, o amor e a longanimidade de Deus não devem ser abusados. Deus é Deus de oportunidades, mas a próxima (ou a que passou) poderá ser a última.
Quando se abusa da tolerância divina é possível ser rejeitado pelo Senhor:
Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SENHOR, para que não sejas rei sobre Israel. (1 Sm 15.26)Quando se abusa da tolerância divina é possível ser entregue às próprias concupiscências, ser abandonado pelo Senhor, ser entregue a um sentimento perverso:
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. (Rm 1.16-32)
Quando se abusa da tolerância divina é possível ser vomitado pelo Senhor:
Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Ap 3.16)Quando se abusa da tolerância divina é possível se privar de seu perdão:
Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. (Mt 12.31-32)O livro do profeta Naum nos serve de alerta quanto aos perigos de se “brincar” com Deus, de não levá-lo a sério.
| Autor: Altair Germano | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |