Ministério do Espírito ou da Morte?


“E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça” (II Cor 3: 7ª9).

         Quando Moisés falava com o povo de Israel, tendo saído da presença de Deus, o seu rosto resplandecia; sendo que era o período chamado, olho por olho, dente por dente, ou seja, quando alguém transgredia a lei do Senhor, era apedrejado.
        Exemplo: após a conquista da cidade de Jericó, eles foram conquistar a pequena cidade de Ai, foram derrotados; e a causa dessa derrota estava na pessoa de Acã, pois ele havia furtado ouro; e o seu fim foi apedrejamento.
         E Paulo chama isso de ministério glorioso.
        E agora, pergunta: “Como não será de maior glória o ministério da justiça, que é o ministério do Espírito?” Em ICor 2: 9:
 
“Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”.  ICor 2.9

         Pensando na revelação do Apocalipse sobre a Nova Jerusalém, revelada ao apóstolo João, que era maravilhosa, então o ministério do Espírito excede essa glória.
         Diante disto vale a pena nos determos neste assunto.
         Às vezes ficamos deslumbrados com certas maravilhas terrenas, as maravilhas futuras excedem em muito a estas.
         Outras vezes ficamos mergulhados em tantas coisas terrenas, e não encontramos tempo para pensar nas glórias do além.
         Perdemos muito com isso.
         Como vimos, não estamos vivendo o período do olho por olho, dente por dente.
         Estamos vivendo os tempos da misericórdia, que Paulo chama de ministério da justiça, visto sermos ou termos sido justificados pela fé, que somos declarados justos diante de Deus por causa de Cristo, que tomou sobre Si as nossas iniqüidades, Rm 5:1.
         Qual o motivo de não conseguirmos alcançar essa glória?
         Entre o povo de Israel, era a falta de fé, assim como em os nossos dias.
         Citemos alguns exemplos: ao pé do monte da transfiguração, os discípulos de Jesus não puderam expulsar o demônio de um menino, cujo pai pediu a Jesus, dizendo: “Senhor, se Tu podes ajuda-nos” (Mc 9: 2ª13).
         Outro caso é o da figueira amaldiçoada por Jesus, onde Ele diz: “Se dissermos ao monte que se desarraigue e se transplante no mar, e crermos, não duvidando, isso irá acontecer.
         Em Hebreus 11: 6 diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
         Diante do exposto será que vamos preferir viver no período em que era olho por olho, cuja letra era gravada em tábuas de pedra, ou, no período do ministério do Espírito?
         A resposta é clara, ministério do Espírito.
        Mas para tanto é necessário renunciar as coisas transitórias desta vida para nos apegarmos de coração às celestiais.
         Muita gente vive um cristianismo superficial, dizendo:
        “Assim eu penso, quando der certo”, então vivem uma vida mais ou menos.
         Tais pessoas não podem esperar ver essa glória deslumbrante.
         A Bíblia chama aos seguidores do evangelho, de crentes espirituais, ou crentes carnais.
         Não vivamos uma vida mesquinha, tendo mente estreita, mas abramos o coração para um Cristianismo ensinado e vivido pelos apóstolos de Cristo.
         Que as coisas deste século não barrem a nossa caminhada para a glória celestial.


Autor: Pr Tomofei Diacov