Meu Pecado Revoltante, Seu Sangue Remidor
O evangelho de Jesus Cristo é inescapavelmente sangrento. Unindo todas as figuras bíblicas de Jesus como o sumo sacerdote (Hebreus 2.17; 4.14-15; 5.1-10; 7-9), o Cordeiro (João 1.29; Apocalipse 5.12) e Aquele que purifica pecadores (Hebreus 1.3; 9.14; 1 João 1.7) está a realidade histórica de que Ele derramou Seu sangue por Seu povo (Mateus 26.28; Atos 20.28; 1 Coríntios 11.25; 1 Pedro 1.2; Efésios 1.7). Quando dizemos que Cristo morreu por nossos pecados, queremos dizer que Ele morreu uma morte sangrenta em nosso favor (1 Coríntios 5.7).
Não é de se surpreender que o mundo veja tolice nisso (1 Coríntios 1.18), mas é chocante quando cristãos professos o fazem. Muitos rejeitam a descrição bíblica da obra de propiciação de Jesus, o “evangelho sangrento”, por o acharem repulsivo. Eu gostaria de sugerir aqui duas razões para essa repulsão – uma cultural a outra, espiritual.
Como o álcool em gel portátil no meu bolso indica, estou longe de me opor à inclinação higiênica de nossa cultura. Eu sou um homem de mãos antimicróbicas em meio a um povo higienizado por uma boa razão. Veja bem, quando seu chamado envolve “a imposição de mãos”, um bom antisséptico deve estar entre suas ferramentas. Entretanto, quando você regularmente se limpa dos terríveis micróbios, compra carne embalada a vácuo e mantém em quarentena os doentes nos hospitais, você começa a pensar que a vida é realmente pura e limpa. Mas compare isso com a realidade do resto do mundo, com lugares em que a carne que costumava ser de estimação será abatida no quintal no outro dia e os doentes morrem no sofá da sala de estar. Isso é o suficiente para vermos como a limpeza generalizada do Primeiro Mundo provavelmente nos faz achar uma morte sangrenta muito mais revoltante que em outros lugares do mundo ou no passado.
Mas há uma razão mais básica, espiritual, que transcende tempo e cultura. A morte de Jesus nos revolta por causa do nosso autoengano (Romanos 1.18, 32). Pela sanguinolência do evangelho bíblico, Deus revela sua impecável santidade e nosso pecado profanador. Assim, as pessoas preferem um “evangelho” descontaminado porque acreditamos que somos mais limpos do que realmente somos. Não gostamos da verdade de que não há lenço umedecido para a sujeira de que flui do nosso interior (Mateus 15.10-20).
Essa é a principal razão pela qual muitos vêem a morte de Jesus como repugnante, por ser a morte que nós sabemos que merecemos (Romanos 1.32). No espelho da morte sacrificial, absorvendo a ira do Pai, uma substituição penal para todos que confiam nEle, não podemos nos esconder de nossa sujeira, nossa impureza e de nosso pecado revoltante.
Isaac Ambrose, pastor do Século XVII, explica isso em sua obra “Olhando para Jesus”, de 1658:
Contemple a maldição e amargura que nossos pecados lançaram sobre Jesus Cristo! Quando penso nessas veias sangrando, costelas açoitadas, costas flageladas, têmporas escoriadas e mãos e pés perfurados, e então reflito que meus pecados foram a causa de tudo isso; penso que não necessito de mais nenhum argumento para não me abominar.
Cristãos, seus corações não se levantariam contra aquele que matasse seu pai, sua mãe, irmão, esposa, marido? Pois então, como é que seus corações e afeições se levantariam em ira? Certamente seu pecado foi o que assassinou a Cristo, que matou aquele que está acima de qualquer relacionamento, que é mil vezes mais valioso para ti do que pai, mãe, cônjuge, filho. Uma breve reflexão sobre isso deveria, penso eu, ser o suficiente para te fazer dizer, como Jó disse, ‘me abomino e me arrependo no pó e na cinza’.
Veja, o que é aquela cruz às costas de Cristo? Meus pecados. Veja, o que é aquela coroa na cabeça de Cristo? Meus pecados. Veja, o que é aquele prego em sua mão direita, e aquele em sua mão esquerda? Meus pecados. Veja, o que é aquela lança perfurando o lado de Cristo? Meus pecados. Veja, o que são aqueles pregos e feridas nos pés de Cristo? Meus pecados. Com os olhos espirituais não vejo nenhum outro dispositivo atormentando Cristo; nenhum Pilatos, Herodes, Anás, Caifás, condenando Cristo; nenhum soldado, oficial, judeu ou gentio, executando Cristo – apenas pecados. Veja, meus pecados, meus pecados, meus pecados!
Nós achamos a morte de Jesus repulsiva porque ela revela a horrível verdade sobre nós mesmos. Mas se o Espírito te concede superar os reflexos de repulsão a sua própria imundice, você verá que esse evangelho sangrento é uma pérola de valor incomparável. A morte revoltante de Jesus foi oferecida voluntariamente por nosso Sumo Sacerdote em nosso favor. Jesus “se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” e “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.26,28). Se não fosse por Seu sangue, então seria o seu sangue pagando o salário de seu horrível pecado.
No evangelho de Cristo encontramos real repulsão e beleza – mas não onde seus críticos veem. A repulsão por meus pecados, meus pecados! Mas veja, a beleza em Seu sangue, em Seu sangue!
Não é de se surpreender que o mundo veja tolice nisso (1 Coríntios 1.18), mas é chocante quando cristãos professos o fazem. Muitos rejeitam a descrição bíblica da obra de propiciação de Jesus, o “evangelho sangrento”, por o acharem repulsivo. Eu gostaria de sugerir aqui duas razões para essa repulsão – uma cultural a outra, espiritual.
Como o álcool em gel portátil no meu bolso indica, estou longe de me opor à inclinação higiênica de nossa cultura. Eu sou um homem de mãos antimicróbicas em meio a um povo higienizado por uma boa razão. Veja bem, quando seu chamado envolve “a imposição de mãos”, um bom antisséptico deve estar entre suas ferramentas. Entretanto, quando você regularmente se limpa dos terríveis micróbios, compra carne embalada a vácuo e mantém em quarentena os doentes nos hospitais, você começa a pensar que a vida é realmente pura e limpa. Mas compare isso com a realidade do resto do mundo, com lugares em que a carne que costumava ser de estimação será abatida no quintal no outro dia e os doentes morrem no sofá da sala de estar. Isso é o suficiente para vermos como a limpeza generalizada do Primeiro Mundo provavelmente nos faz achar uma morte sangrenta muito mais revoltante que em outros lugares do mundo ou no passado.
Mas há uma razão mais básica, espiritual, que transcende tempo e cultura. A morte de Jesus nos revolta por causa do nosso autoengano (Romanos 1.18, 32). Pela sanguinolência do evangelho bíblico, Deus revela sua impecável santidade e nosso pecado profanador. Assim, as pessoas preferem um “evangelho” descontaminado porque acreditamos que somos mais limpos do que realmente somos. Não gostamos da verdade de que não há lenço umedecido para a sujeira de que flui do nosso interior (Mateus 15.10-20).
Essa é a principal razão pela qual muitos vêem a morte de Jesus como repugnante, por ser a morte que nós sabemos que merecemos (Romanos 1.32). No espelho da morte sacrificial, absorvendo a ira do Pai, uma substituição penal para todos que confiam nEle, não podemos nos esconder de nossa sujeira, nossa impureza e de nosso pecado revoltante.
Isaac Ambrose, pastor do Século XVII, explica isso em sua obra “Olhando para Jesus”, de 1658:
Contemple a maldição e amargura que nossos pecados lançaram sobre Jesus Cristo! Quando penso nessas veias sangrando, costelas açoitadas, costas flageladas, têmporas escoriadas e mãos e pés perfurados, e então reflito que meus pecados foram a causa de tudo isso; penso que não necessito de mais nenhum argumento para não me abominar.
Cristãos, seus corações não se levantariam contra aquele que matasse seu pai, sua mãe, irmão, esposa, marido? Pois então, como é que seus corações e afeições se levantariam em ira? Certamente seu pecado foi o que assassinou a Cristo, que matou aquele que está acima de qualquer relacionamento, que é mil vezes mais valioso para ti do que pai, mãe, cônjuge, filho. Uma breve reflexão sobre isso deveria, penso eu, ser o suficiente para te fazer dizer, como Jó disse, ‘me abomino e me arrependo no pó e na cinza’.
Veja, o que é aquela cruz às costas de Cristo? Meus pecados. Veja, o que é aquela coroa na cabeça de Cristo? Meus pecados. Veja, o que é aquele prego em sua mão direita, e aquele em sua mão esquerda? Meus pecados. Veja, o que é aquela lança perfurando o lado de Cristo? Meus pecados. Veja, o que são aqueles pregos e feridas nos pés de Cristo? Meus pecados. Com os olhos espirituais não vejo nenhum outro dispositivo atormentando Cristo; nenhum Pilatos, Herodes, Anás, Caifás, condenando Cristo; nenhum soldado, oficial, judeu ou gentio, executando Cristo – apenas pecados. Veja, meus pecados, meus pecados, meus pecados!
Nós achamos a morte de Jesus repulsiva porque ela revela a horrível verdade sobre nós mesmos. Mas se o Espírito te concede superar os reflexos de repulsão a sua própria imundice, você verá que esse evangelho sangrento é uma pérola de valor incomparável. A morte revoltante de Jesus foi oferecida voluntariamente por nosso Sumo Sacerdote em nosso favor. Jesus “se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” e “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.26,28). Se não fosse por Seu sangue, então seria o seu sangue pagando o salário de seu horrível pecado.
No evangelho de Cristo encontramos real repulsão e beleza – mas não onde seus críticos veem. A repulsão por meus pecados, meus pecados! Mas veja, a beleza em Seu sangue, em Seu sangue!
| Autor: Steve Meister | | Tradutor: Filipe Schulz |
| Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |
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