Introdução: Vivemos em um mundo onde as vitórias acontecem, mas as derrotas também acontecem. Se um time de futebol ganha o outro perde; se no tribunal, um ganha, o outro perde. E isso é recebido pelas pessoas nas mais variadas formas; enquanto um fica alegre, o outro fica triste; enquanto um acha que foi abençoado outro pensa que foi desamparado. Na teologia da prosperidade, experimentar uma derrota é estar em pecado, longe de Deus, pois ensinam que o crente não pode perder, pois com Cristo é vitorioso sempre. Derrotas existem e não devemos fugir, pois elas fazem parte de nosso viver. Não devemos, portanto, nos deixar derrotar pelas perdas em nossas vidas.
As vitórias também são parte do nosso cotidiano, elas também agem em nossas vidas de modos diferentes. Mas uma pessoa não vive só de vitórias. Vitórias e derrotas nos habitam.
Precisamos aprender a olhar para a derrota sem derrotismo e usufruir a vitória sem arrogância, pois tanto a derrota como a vitória nos habitam.
- As realidades encontradas no texto.
No texto lido encontramos duas realidades.
1- Positiva: “Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel; este é o fruto dela” V. 27.
A terra é muito boa! Excelente! Foi a noticia que trouxeram ao povo.
2- Negativa: “O povo porém, que habita nesta terra é poderoso, e as cidades mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Os Amalequitas habitam na terra do Neguebe; os Heteus, os Jebuseus e os Amorreus nas montanhas; os Cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão” V, 28 e 29.
O povo que nela habita é monstruoso! É formado de gigantes.
Existe uma sensação de vitória, pois a terra é boa; e logo a sensação de derrota, não vai dar certo, porque tem um povo poderoso lá.
A atitude dos 10 espias foi concentrada não no positivismo e na possível vitória, mas no negativismo, pois viram derrota como coisa concreta.
1- Confessaram a derrota antes de serem derrotados. “Porém os homens que com ele tinham subido disseram: não poderemos subir contra aquele povo” v.31.
É triste ver alguém confessando sua incapacidade antes de ir à luta. Não posso; não vou conseguir; não vai dar certo; não alcanço….isso é confessar a derrota antes de enfrentar o inimigo.
2- Ressaltaram os defeitos e os problemas ao invés das coisas boas. “ E diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todos os homens que vimos nela são de grande estatura” V.32. Infamaram a terra.
3- Aumentaram as dificuldades. “também vimos ali gigantes…e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos” v.33.
Sequer haviam sido vistos pelos Anaquitas.
4- Conseqüência. O povo se revoltou contra Moisés, foi tomado pelo pessimismo, desânimo e incredulidade. Foram terrivelmente castigados…
“Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nesta terra e
no-la dará, terra que mana leite e mel” Nm. 14:8.
O povo não entrou porque não creu; a fé dos dois não minimizou as dificuldades, mas colocou a questão da vitória sob a vontade de Deus.
“Se o Senhor quiser” E o Senhor queria. Mas o negativismo levou o povo a peregrinar pelo deserto durante 40 anos; até que toda aquela geração incrédula morresse.
O que o texto nos ensina?
a) A DERROTA pode ser fruto de uma atitude negativa e incrédula.