As Árvores do Éden


No meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore da morte. É verdade que esta última foi apresentada como “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Porém, Deus advertiu: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn.2.17).

Portanto, aquela era a árvore da morte, embora fosse conhecida por outro nome. Não devemos avaliar as coisas apenas por seus títulos e rótulos, mas pelo que Deus falou a respeito.

O “conhecimento do bem e do mal” era algo atraente, com certeza. O nome era interessante e a aparência da árvore também (Gn.3.6). Imagino que o fruto era saboroso. Eva parece ter gostado. Tanto é que ofereceu logo ao seu marido.

Aquele momento foi bastante singular. O pecado não apresentou efeitos aparentes imediatos. Adão, ao ver que Eva havia comido do fruto proibido, constatou que ela continuava viva. Deve ter ficado surpreso, maravilhado, enfim, enganado. É possível que ela dissesse algo do tipo: “Comi, mas não morri”. Esta é a situação de muitos que se entregaram ao pecado, mas ainda não foram alcançados pelas consequências. É apenas uma questão de tempo, mas parece que tudo está bem, e que seu estilo de vida possa servir como exemplo para outros. O que dizer diante dos fatos? Adão estava convencido e decidiu comer sua parte do fruto.

Duas árvores – duas propostas. Adão e Eva fizeram sua escolha. Rejeitaram o fruto da vida e escolheram o da morte. Não tem sido esta a opção de muitos ainda hoje? Trata-se da inversão de valores. Por um descontrole do apetite, come-se o fruto proibido.

Fato semelhante ocorreu com os israelitas. O Senhor lhes disse: “O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt.30.19).

Ao escolherem o fruto errado, Adão e Eva não imaginavam o tamanho do problema que estavam criando para si e para toda a humanidade. Deus avisou que eles morreriam, mas, antes da morte física, houve a morte espiritual, uma série de maldições e grandes perdas. Foram expulsos do jardim e perderam o acesso à árvore da vida. Precisamos ser cuidadosos pois, pelo uso do que foi proibido perde-se até o que era permitido. Quantas pessoas se entregam ao pecado e encerram suas vidas antes da hora, perdendo tudo!

O acesso à árvore da vida somente será recuperado no fim dos tempos (Ap.2.7), como um dos resultados da morte de Cristo, chamado o “último Adão” (ICo.15.22,45). Ao morrer na cruz, ele assumiu o efeito do fruto proibido, sem tê-lo comido, para que os salvos recuperassem o acesso ao fruto da vida.

Entretanto, nada disso será automático. Depende da decisão de cada um. Façamos, portanto, a escolha certa, aceitando a vida eterna que Jesus nos oferece.

| Autor: Prof. Anísio Renato de Andrade | Divulgação: estudosgospel.com.br |