Nosso Pai Celestial, hoje é quarta-feira de cinzas, quando os foliões guardam suas fantasias e, exaustos, voltam à sua rotina. Aqueles mais religiosos farão penitências, e arrependidos por seus excessos, darão boas-vindas à Quaresma. Peço pelas famílias destroçadas durante os festejos carnavalescos, seja pelo abuso de álcool, drogas ou pela imprudência ao volante. Console, Senhor, aos enlutados. Que o mundo conheça através de nosso testemunho de amor, aquela alegria perene que não termina em cinzas...
Antes de decretar a falência do Carnaval... decretemos a falência da nossa arrogância, de nossa presunção, de nossa religiosidade midiática, e de nosso egoísmo. Que prevaleça o amor, a humildade e o serviço ao nosso semelhante, mesmo quando este estiver atrás de uma fantasia, ou despudoradamente despido.
Muitas pessoas hoje passarão por um rito religioso, colocando cinzas sobre a testa. Afinal hoje é quarta-feira de cinzas. A grande pergunta é - o que é arrependimento? Será que um ritual externo pode limpar o coração e aliviar a consciência? Não é quarta-feira de cinzas e novamente quarta-feira de cinzas que agrada a Deus, mas um coração quebrantado e volta para o Senhor!
Mais uma celebração vem por aí. O Brasil é tradicionalmente conhecido como o país do carnaval. Normalmente esta festa da carne, esta celebração pagã acontece no mês de fevereiro de cada ano. Em todas as cidades e principalmente nas capitais, milhares de pessoas se preparam para o tão sonhado acontecimento. 
Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma.
Falar contra o carnaval é enfrentar a correnteza rio acima. É uma pena que o aspecto cultural dos desfiles está tomado pela exploração. O ritmo diferente e contagiante do samba, as alegorias e representações da história e da cultura brasileira, poderiam ser exportados para o benefício do país.
Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Sobre a origem da palavra carnaval, vários estudiosos já tentaram explicar. Entre as aceitas está 'carnelevale', do dialeto milanês, que significa tempo em que se tira o uso da carne. Outros informam que as raízes do termo se constitui em objeto de discussão, e que o vocábulo pode advir da expressão latina 'carrum novalis' (carro naval)
O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes serpentinas.
Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga.).
Os povos pagãos antigos homenageavam seus deuses greco-romanos em grandes festas. Entre elas, existiam as saturnias (para o deus Saturno) e os bacanais (para o deus Baco, na mitologia romana, conhecido também como Dionísio, na mitologia grega).
Por séculos e séculos, Satanás corrompeu a Igreja (dita Universal em Latim), para por em prática seus planos, dentre eles de ser cultuado livremente no período dos festejos de carnaval, com a aceitação das autoridades políticas e religiosas que dominam.